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‘Pelos Brasis’ conta história da farofa, prato presente em ceia natalina do brasileiro; veja vídeo

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Foto: Reprodução

Em um país tão grande e diverso como o Brasil, encontrar um elemento que una a todos neste período do Natal, como vários símbolos estrangeiros associados à data, acaba sendo uma tarefa difícil, porém há um alimento que atravessa as barreiras regionais e culturais: a farinha e, por extensão, a farofa.



O jornalista Lucas Bólico, em vídeo publicado nas redes sociais, no perfil Pelos Brasis, conta um pouco sobre a história deste prato que é presença obrigatória à mesa, de norte a sul do país, seja como acompanhamento de pratos tradicionais ou como protagonista em celebrações.

Derivada principalmente da mandioca e do milho, a farinha é muito mais que um ingrediente culinário, ela é um marco da nossa formação histórica e cultural.

A farinha de mandioca é uma tecnologia ancestral desenvolvida pelos povos indígenas da Amazônia, que domesticaram a planta há cerca de 10 mil anos. Por meio de processos como deixar a raiz de molho em igarapés, descascar, ralar, prensar, secar e torrar, os indígenas conseguiram eliminar o ácido cianídrico, substância tóxica presente na mandioca brava, e transformar a raiz em um alimento seguro, durável e nutritivo.
Esse conhecimento foi essencial para a sobrevivência durante o período colonial, quando a farinha de mandioca, chamada de farinha de pau, de puba ou de guerra, alimentou colonos, escravizados e indígenas que foram integrados à lógica do projeto colonial.

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Com o tempo, a farinha de milho também ganhou destaque, especialmente na alimentação dos bandeirantes e tropeiros. Esses desbravadores levavam a farinha em suas jornadas pelo interior do país, consolidando pratos como o feijão tropeiro e o virado à paulista.

O termo “paulista” remete aos bandeirantes que partiram de São Paulo para explorar e conquistar terras que formariam a Paulistânia, abrangendo regiões do Paraná, Goiás, Minas Gerais e outros estados.

Hoje, a farofa é sinônimo de brasilidade e criatividade na cozinha. Cada região tem seu jeito de prepará-la, seja com manteiga e cebola, com carne seca, ovo, banana, dendê ou o que mais a imaginação permitir.

Neste Natal, em vez de focarmos apenas nos símbolos tradicionais da data, como panetones e peru, vale a brincadeira: talvez o verdadeiro símbolo nacional seja a farofa. Um prato simples, mas que carrega história, diversidade e afeto, unindo famílias e contando a história de um Brasil plural.

Veja vídeo:

https://www.olharconceito.com.br/
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