CUIABÁ
Pesquisar
Close this search box.

Plano de ação busca melhorar transporte fluvial na Amazônia

publicidade

Considerar seca histórica para implementar melhorias logísticas na Amazônia foi defendida pelo secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros em evento no BID
Brasília (DF) — Eventos climáticos extremos e a falta de acessibilidade da rede de transportes na região Norte do País pautaram o workshop técnico “Construindo um transporte fluvial eficiente, inclusivo, resiliente e sustentável na Amazônia”, nesta quarta-feira (4), em Brasília. Para debater as temáticas com representantes de diferentes entidades públicas, o secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, compareceu ao evento realizado no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Com 16 mil quilômetros de rios navegáveis, a Amazônia carece de políticas transversais para lidar com a seca histórica que assola os territórios, impactando o funcionamento dos portos do qual as populações dependem para o abastecimento de suprimentos básicos e o escoamento da atividade comercial.
De acordo com informações do jornal acadêmico Communications, Earth and Environment, apresentadas na reunião, secas extremas podem isolar mais de 50% das comunidades da Amazônia. Além disso, mais de 60% das comunidades estão mais perto de um corpo d’água do que de uma estrada.
“Essa região representa mais de 60% do nosso território, mas não concentra, ainda, nem 10% do nosso produto interno bruto (PIB). Uma população que cresce em uma velocidade muito maior do que a economia significa uma vulnerabilidade crescente”, considerou o secretário. Eduardo Tavares acrescentou que o governo federal conta com agendas estruturantes para a Amazônia junto a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o Banco Mundial e o BID — que controla o programa de financiamento Amazônia Sempre, voltado para aumentar a coordenação regional que busca acelerar o desenvolvimento sustentável na região Amazônica.
“É muito importante promover a maturidade nos três níveis de governo para entender que problemas estruturantes, como infraestrutura e logística na Amazônia, não serão resolvidos se não trabalharmos com concessões e parcerias público-privadas. O financiamento público integral, por meio de obras 100% públicas, não é viável: não temos espaço fiscal nem tempo para isso”, enfatizou Eduardo Tavares.
Impacto
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia e Estatística (Inmet), o ano de 2023 foi o mais quente da história e 2024 pode bater esse recorde. No ano passado, o impacto da seca na Amazônia no setor de transportes foi de R$ 1,4 bilhão em custos adicionais para o Polo Industrial de Manaus (PIM), segundo o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM). Em razão da seca, ocorreu queda de 83% na importação pelo modal aquaviário do Amazonas.
Nesse contexto, o transporte fluvial foi encarado pelas autoridades presentes no workshop como um mecanismo de desenvolvimento social — considerando o potencial do modal para a integração. A reunião teve como propósito criar uma agenda colaborativa para desenvolver um plano de ação para a Amazônia. As dimensões para impacto consideradas foram:

Leia Também:  Índice de Veículos Usados Grupo OLX - Fenauto (região Centro-Oeste outubro/24)

1 – Financiamento e inovação em escala

Utilizar o balanço do BID de forma mais eficiente

Promover a inovação financeira, como a conversão de dívida em natureza e a emissão de títulos amazônicos

Aumentar o financiamento misto e os recursos de subvenção

Criar oportunidades para o setor privado na região através de financiamento e mobilização.
2 – Compartilhar conhecimento estratégico para tomadores de decisão

Reforçar as capacidades das instituições e autoridades locais na concepção, monitorização e implementação de projetos estratégicos

Promover capacidades institucionais entre os povos indígenas, comunidades locais e afro-amazônidas através da co-criação de projetos.
3 – Aprimorar a coordenação regional

Projetar, promover e coordenar redes estratégicas regionais para que as principais partes interessadas compartilhem conhecimentos, inovações baseadas em evidências e estratégias de implementação para apoiar o desenvolvimento de políticas.

 

Assessoria de Comunicação Social

COMENTE ABAIXO:

Compartilhe essa Notícia

publicidade

publicidade

publicidade

Previous slide
Next slide

publicidade

Previous slide
Next slide