Da Redação – Pedro Coutinho
Foto: AssCom Dourado
Primeiro tempo
O Cuiabá começou pressionando e, antes dos 10, já havia somado, mas desperdiçado, boas chances dom Isidro Pitta, que numa foi travado e, na outra, chutou pra fora após receber livre dentro da área.
A postura ofensiva se manteve e o Dourado achou o resultado aos 15 minutos, quando Pitta recebeu de Clayson e cruzou para Eliel, que escorou sozinho e fez 1 a 0. O Bahia tentou reagir com Everton Ribeiro, Juba e Cauly, mas a defesa do Cuiabá segurou bem até os 36.
Foi quando Jean Lucas recebeu pela esquerda e cruzou para Ademir, que se antecipou à defesa para deixar tudo igual: 1 a 1.
Clayson perdeu a chance de virar aos 42, quando o Bahia se complicou na troca de passes e tocou para o goleiro Adriel, que se complicou para afastar. Pitta roubou a bola, que sobrou para Clayson. Com a meta livre, ele tentou de longe, mas a zaga cortou.
Na sequência, Pitta desperdiçou mais uma após receber dentro da área e ficar sozinho contra o goleiro. Ele finalizou cruzado, direto pra fora.
Segundo tempo
O jogo voltou com o Dourado começando na pressão e, aos 4 minutos, Max teve um gol anulado por impedimento.
Na jogada, Pitta recebeu lançamento e ficou fica cara a cara com o Adriel. Em vez de chutar, ele driblou o goleiro e rolou pra trás. Max chegou batendo de primeira para estufar as redes. Porém, em seguida, a arbitragem marcou impedimento de Isidro no início do lance.
Depois do ponto anulado, jogo esfriou dos dois lados. Apesar disso, o Bahia se impôs constantemente no campo ofensivo, pressionando o Cuiabá, mas encontrou dificuldades pra furar a defesa auriverde, que se manteve fechada e consistente para evitar a virada.
Aos 28, o Auriverde teve o segundo gol anulado. No lance, Jadson deu bom passe pra Raylan. O camisa 21, na área, chutou em cima de Adriel. No rebote, ele empurrou pro fundo do gol, mas a arbitragem invalidou o gol por impedimento.
A virada e o balde de água fria vieram já no final do jogo, num “cochilo” da zaga auriverde, que assistiu Luciano dominar dentro da área, ganhar na dividida e bater forte à queima-roupa de Walter.
Como fica?
Com mais um revés, o Dourado chegou a marca de oito rodadas sem vencer, já “abraçando” a realidade da segunda divisão. Continuou em penúltima posição com os mesmos 30 pontos e agora se prepara para visitar o Fluinense, às 18h de quinta-feira (5), e depois receber o Vasco, às 15h do dia 8.
Já o Esquadrão de Aço quebrou jejum de sete partidas sem triunfar. Com a vitória, saltou da oitava para a sétima posição, somando 50 pontos e ainda podendo sonhar com a classificação para a Libertadores. Os próximos compromissos serão contra o Corinthians, rival direto, e o já rebaixado Goianiense.
Efeito Série B
Primeiro jogo do Cuiabá após o rebaixamento ser decretado é marcado pela Arena Pantanal vazia;
Da Redação – Pedro Coutinho
Foto: Olhar Direto
Para se ter uma ideia da baixa, o recorde de público de 2024 foi de 16.680 torcedores, na derrota por 1 a 0 para o Corinthians, no dia 28 de outubro, número que representa marca muito abaixo da capacidade máxima da Arena, que comporta cerca de 44 mil pessoas.
Com uma média bem abaixo do normal, seja pelo baixo desempenho na tabela, ou pelo acesso via facepass (reconhecimento facial), a maior quantidade de expectadores que havia sido registrada até então foi no confronto contra o Fluminense, em 21 de julho, quando 13.231 torcedores compareceram na casa dourada.
Até a marca atingida contra o Flu, o maior número de espectadores foi no jogo contra o Palmeiras, em maio, quando 10.781 pessoas estiveram presentes nas arquibancadas, totalizando renda de R$ 1.1 milhão.
A crise enfrentada dentro e fora dos gramados refletiu, diretamente, na vontade do público em ir prestigiar o time, que neste ano apresentou um futebol muito abaixo da média que vinha desempenhando.
Tratando-se de números inexpressivos, a título de exemplo, o duelo contra o Deportivo Garcilaso, pela Sula, teve apenas duas mil pessoas. O mata-mata da Copa do Brasil contra o Goiás apenas 4.6 mil. O jogo contra o Flamengo, no último dia 20, teve 12.891, muito abaixo de outras ocasiões em que quase bateu recorde. Nos jogos contra Cuzeiro, Juventude e Criciúma o número de torcedores não alcançou os 6 mil.
Pelo Brasileirão, o maior número de espectadores na temporada passada foi em outubro de 2023, na vitória por 1 a 0 contra o Corinthians, quando 36.620 pessoas vibraram na capital.
O maior número registrado em 2023 foi no duelo válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026, entre Brasil e Venezuela, que levou 40.020 pessoas para a Arena, carimbando o sexto maior número da história do estádio. A renda também foi emblemática: R$ 12 milhões.
O recorde total segue sendo o do confronto entre Cuiabá e Operário-PR, pela final da Série C do Brasileiro de 2018, em que 41.311 torcedores viram o time paranaense vencer por 1 a 0 e ficar com o título nacional.
Veja a lista do ranking abaixo:
Cuiabá 0 x 1 Operario-PR – Série C 2018: 41.311
Nigéria 1 x 0 Bósnia – Copa 2014: 40.499
Japão 1 x 4 Colômbia – Copa 2014: 40.340
Chile 3 x 1 Austrália – Copa 2014: 40.275
Cuiabá 1 x 2 Flamengo – Brasileirão 2022: 40.059
Brasil 1 x 1 Venezuela – Eliminatórias da Copa 2026: 40.020
Goiás 1 x 0 Flamengo – Brasileirão 2014: 38.405
Rússia 1 x 1 Coreia do Sul – Copa 2014: 37.603
Cuiabá 2 x 1 São Paulo – Brasileirão 2023: 34.072
Santos 0 x 1 São Paulo – Brasileirão 2014: 33.247