Segundo o monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), a cota chegou a 37 cm em Ladário, nesta quarta-feira (4)
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Brasília (DF) – As chuvas na região do Pantanal contribuem para elevar o nível do Rio Paraguai. No entanto, nas estações de Ladário (MS), Forte Coimbra – Corumbá (MS) e Porto Murtinho (MS) as cotas ainda estão abaixo do considerado normal para o período do ano. Os dados são apresentados no 49º Boletim de Monitoramento Hidrológico da bacia, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) nesta quarta-feira (4).
De acordo com as informações do SGB, Ladário subiu 32 cm nos últimos 14 dias e chegou à marca de 37 cm. A mediana histórica para essa data é de 1,35 m. No Forte Coimbra, no município de Corumbá, a variação foi de 10 cm e a cota registrada é de -98 cm, enquanto o esperado seria de 47 cm. Em Porto Murtinho, o Rio Paraguai teve oscilações e está na cota de 1,23 m. A média para o período é de 2,77 m.
Mesmo com as chuvas de 56 mm esperadas para a próxima semana, o nível deve permanecer crítico nessas estações. “Considerando os anos mais críticos do histórico, como referência, é provável que Ladário se mantenha abaixo de 100 cm até a segunda quinzena de dezembro”, informa o boletim do SGB.
Próximos às nascentes, nas estações Barra do Bugres (MT) e Cáceres (MT), os níveis estão dentro da normalidade para a época do ano. A mesma situação ocorre nos rios Cuiabá, Aquidauana e Miranda, sendo que a situação do Rio Cuiabá é associada à regularização das vazões promovida pela operação da Usina Hidrelétrica Manso.
Apoio aos municípios
Além dos Sistemas de Alerta Hidrológico, o SGB oferece aos gestores públicos o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS). Esse é o principal banco de dados sobre poços no Brasil, que pode ser usado para identificar fontes de abastecimento. O SGB também realiza o mapeamento de áreas de risco geológico, identificando e trazendo informações sobre áreas dos municípios sujeitas a perdas e danos por eventos de natureza geológica. Esse trabalho é uma importante ferramenta para a tomada de decisões sobre redução de riscos, prevenção de desastres e ordenamento territorial.
Parceria
O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. As informações coletadas estão disponíveis na plataforma SACE.
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