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Estudo prevê tremores mais fortes entre 2028 e 2029 no Pantanal

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Os mais intensos acontecem a cada 4 ou 5 anos e são explicados por movimento de placas e por falha geológica

Por Cassia Modena

Pontos em azul mostram abalos mais recentes sentidos na região do mapa (Imagem: Reprodução/Centro de Sismologia da USP)
A cidade de Sonora, em Mato Grosso do Sul, registrou dois tremores de terra em menos de 24 horas: um no fim da noite de ontem (12) e outro na manhã de hoje (13). Eles tiveram magnitudes baixas e ainda não houve relatos de que a população sentiu.

Os sismos não são uma surpresa no Estado. Pelo contrário, são comuns no Pantanal e em regiões próximas a ele, como explica a geóloga e professora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Edna Maria Facincani.

Existe ali uma bacia sismicamente ativa com acúmulo de sedimentos que está em processo de subsidência (afundamento). Além disso, a superfície sofre influência do Lineamento Transbrasiliano (uma falha geológica) e do movimento de compressão da placa tectônica de Nasca e da placa tectônica Sul-Americana”, disse.

Por isso, complementa a geóloga, são comuns tremores de até 3.5 na escala Ritcher como o que atingiu Sonora ontem.

Só este ano houve nove tremores de terra no Estado, segundo o Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo). Todos de baixa magnitude.

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Mas outros com valores acima de 4.0, esses sim mais fortes, podem voltar a acontecer entre 2028 e 2029 no Pantanal. Edna estima os anos com base nos resultados de estudos.

“As estatísticas do catálogo de levantamentos mostram que de quatro em quatro ou de cinco em cinco anos, temos eventos mais fortes nessa região”, fala. As referências são dados de 1744 a 2023.

O acompanhamento dos fenômenos mais diretamente é feito desde 2003, com a instalação no Estado dos primeiros sismógrafos – aparelhos que medem a vibração do solo.

No passado, sismo mais intenso no Pantanal ocorreu em 1964 e superou os 5.0, conforme o gráfico (Imagem: Reprodução/Edna Maria)
A partir de 2009, quando maior quantidade e qualidade de dados ficaram disponíveis, o levantamento registrou um marcante sismo de 4.8 na Nhecolândia do Pantanal de Mato Grosso do Sul. Em 2015, outro atingiu a mesma região e alcançou 4.0 na Richter.

O último abalo foi de 4.5 e percebido em 1º de março deste ano no município de Poconé, também no Pantanal, só que no de Mato Grosso. A população relatou aos jornais locais que “balançou tudo”. Não houve registros de estragos.

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Em Mato Grosso do Sul, os tremores acabam sendo imperceptíveis porque a ocupação humana na região impactada é pequena, acrescenta a professora.

Vai ter risco? – Edna diz que não se pode afirmar com certeza se os sismos futuros causarão preocupações. Será preciso analisar dois fatores.

“Depende da profundidade do hipocentro onde houve a liberação da energia da Terra com dois blocos se rompendo, e da densidade demográfica. Especialistas terão que avaliar”, detalha.

Ela tranquiliza: “a estatística tem mostrado que a gente precisa de um pouco mais de cuidado se superar os 5.5. Temos que lembrar que são eventos naturais e corriqueiros de pouca magnitude dentro do nosso estado”.

Megaterremoto – Países como Estados Unidos e Japão se preparam para megaterremotos com magnitude acima de 7.0, que representam perigo à população.

Edna afirma que as placas tectônicas presentes por lá fazem parte de um outro contexto geológico e que seu movimento não tem reflexos no Brasil e em países da América do Sul…. veja mais em https://www.campograndenews.com.br/meio-ambiente/estudo-preve-tremores-mais-fortes-entre-2028-e-2029-no-pantanal

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